Agricultura familiar impulsiona Juruaia (MG) e safra do café pode chegar a 160 mil sacas e faturamento de R$80 milhões em 2020

A produção dos 850 pequenos agricultores equivale a 65% do montante produzido, em sua maioria, destinada à exportação

O café é um símbolo da agricultura de Minas Gerais. O estado é o maior produtor do país, responsável pela metade da safra nacional. Os anos de 2018 e 2019 foram um período difícil para a cafeicultura mineira. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), nesse biênio, devido as condições climáticas desfavoráveis, a produção recuou em 26,5%.

Mesmo nesse cenário é possível encontrar exemplos positivos, como os produtores familiares de Juruaia, no sudoeste mineiro, que obtiveram êxito no balanço final. Para se ter uma ideia da representatividade desse braço produtivo é preciso ter acesso aos números. São, no total, cinco mil e quinhentos hectares plantados no município, englobando os grandes e pequenos produtores.

Já são 850 agricultores familiares em Juruaia, que são responsáveis pela produção entre 80 a 800 sacas anuais por produtor, divididos em micros (80-150 sc), pequenos (150-400 sc) e médios produtores (400-800 sc), os quais também conseguiram manter a média anual de produção nos últimos anos, “correndo por fora” do ciclo negativo, que afetou o estado.  

E novamente a agricultura familiar juruaiense vai impulsionar os bons resultados para a cidade. A previsão é que a safra do café chegue a 160mil sacas e alcance o faturamento de R$80 milhões em 2020. A produção dos pequenos produtores equivale a 65% desse montante, em sua maioria, destinada à exportação por ser 100% arábica sequeiro. A colheita já está na fase final e termina, no máximo, até setembro.  

Os cafés de Minas Gerais se distinguem pela diversidade de sabor e aroma, devido, principalmente, às variações de clima, à altitude e aos sistemas de produção. As diferentes características permitem conquistar os mais diversos clientes do mercado nacional e mundial.

Os agricultores familiares identificaram nichos de mercado, como os cafés diferenciados, que exigem maior investimento em qualificação dos processos produtivos, de gestão e mercadológicos. A EMATER trabalha junto com os agricultores com o objetivo de melhorar a qualidade do café, reduzir custos de produção, aumentar a renda, manter e criar empregos, melhorar a gestão e comercialização. Ou seja, consolidar uma cafeicultura familiar mineira competitiva”, comenta Cléverson Menegucci, Extensionista Agropecuário da EMATER-MG.

A relevância da cafeicultura não é apenas econômica. A atividade também exerce importante papel social. É fonte de emprego e renda para milhares de agricultores familiares e trabalhadores rurais. De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), estima-se que a cadeia produtiva do café gere três milhões de empregos diretos e indiretos em Minas Gerais.

O estado ainda conta com o programa Certifica Minas Café, desenvolvido pela EMATER, em conjunto com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). No programa, os produtores são orientados na adequação das propriedades às boas práticas agrícolas em todas as fases da produção, atendendo normas ambientais e trabalhistas, reconhecidas internacionalmente. Ao final do processo, a propriedade passa por uma auditoria para o recebimento da certificação. O Certifica Minas Café é pioneiro. Ele é o maior programa nacional de certificação de propriedades cafeeiras.

3º Concurso de Qualidade dos Cafés de Juruaia

A cidade de Juruaia está com as inscrições abertas, até 4 de setembro, para os produtores locais que quiserem se inscrever para participar do 3º Concurso de Qualidade dos Cafés de Juruaia. Os seis melhores cafés vão participar de um leilão de comercialização. A ação é realizada pela Secretaria Municipal de Agricultura e a EMATER-MG.  

O concurso é uma importante ação de Juruaia para incentivar a melhoria da qualidade dos cafés produzidos no município. Além disso, permite identificar as características especiais do grão”, comenta Márcio Henrique Silva, Secretário de Agricultura de Juruaia.

Para participar, basta fazer a inscrição pelo (35) 3553-1222.

Diversificação e digitalização alavancam polo de Juruaia em meio à pandemia

Por Mara Bianchetti, em 19 de agosto de 2020, para https://diariodocomercio.com.br/

Considerada a capital mineira da lingerie, Juruaia, no Sul de Minas, está passando alheia à crise imposta pela pandemia de Covid-19 e tem registrado aumento nas vendas. Mesmo com as medidas de distanciamento social, incluindo o fechamento físico de grande parte do comércio em todo o País, as indústrias do polo registraram crescimento de até 50% nos negócios nos últimos meses.

O resultado pode ser explicado tanto pela diversificação dos produtos oferecidos quanto pela digitalização dos negócios, já que as empresas têm investido fortemente nas vendas on-line e também em outros segmentos: como cuecas, pijamas, moda praia e fitness.

As informações são da presidente do projeto “Juruaia 360 graus”, Luciana Marques. Criada e implantada a partir da parceria das associações Toque Brasil e Associação Comercial e Industrial de Juruaia (Aciju), Conselho Municipal de Turismo, Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal de Juruaia, a iniciativa visa incentivar os diferentes e potenciais segmentos da região, como comércio, indústria e turismo.

“Além da maior presença no ambiente virtual e da diversidade de produtos, as campanhas realizadas pelo polo também ajudaram a alavancar as vendas. Tanto é que estimamos manter o ritmo de crescimento e encerrar 2020 com alta de 50% nos negócios”, apostou. Inicialmente, a expectativa para o desempenho no atual exercício era de alta de 20%.

Incentivo – Uma das ações promovidas em âmbito nacional foi o incentivo ao empreendedorismo com investimento de R$ 600 para a compra de um kit completo de peças capaz de atender diferentes perfis de consumidor final e podendo gerar faturamento de até R$ 1.800,00. O kit pode conter, por exemplo, 12 calcinhas avulsas, 10 sutiãs avulsos, 5 conjuntos de lingeries, 8 cuecas e ainda 250 máscaras.

Na moda praia, o valor corresponde a aquisição de cerca de 15 peças. E para pijamas, que tem sido a grande febre de vendas durante a pandemia, o valor permite a compra de 16 conjuntos, dependendo do produto.

“Na prática, a escolha do que adquirir para revenda vai depender do público alvo de cada empreendedor, conforme a região do Brasil, dada as diferentes temperaturas e até perfil dos clientes. Há grande procura e adesão. Muitas pessoas aproveitaram o auxílio do governo federal de R$ 600 e investiram no novo negócio”, contou.

O comércio virtual também foi intensificado, conforme Luciana Marques. E foi expandido, inclusive, para as feiras e eventos. Além disso, segundo ela, 90% das lojas da cidade já trabalhavam com comércio on-line antes mesmo da pandemia. A diferença é que a concentração dos pedidos à distância aumentou.

“As lojas já tinham essa preocupação de estarem presentes no digital, até para aumentar a prospecção dos clientes, aumentar o alcance das vendas e poder aumentar a geração de negócios”, contou.

Atualmente, o polo conta com quase 300 fábricas, gera cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos e produz 20 milhões de peças por ano.

A tradicional Felinju já foi 100% virtual. A feira, realizada no início de junho, movimentou R$ 5 milhões. A Fest Lingerie, prevista para setembro, também será realizada à distância. “O movimento está grande, assim como a expectativa. Tem empresa com pedidos fechados até final do ano”, revelou.

Felinju 2020 – Uma das principais feiras de moda íntima e de negócios do país será 100% online e acontecerá em junho

Evento promovido em Juruaia (MG) busca reinvenção, por meio da tecnologia, com lojas virtuais, palestras e treinamentos online, tornando-se a maior feira virtual de lingerie, cuecas, pijamas e moda praia e fitness do Brasil

Com os desafios impostos pela COVID-19 ao mundo corporativo, a necessidade de se reinventar ganhou status de peça-chave para passar por este período. Se antes a tecnologia era apontada como uma das principais responsáveis pelo afastamento cotidiano, atualmente se tornou importante aliada para manter atuante e aquecido diversos setores da economia.

Foi com essa visão, que a organização da Felinju 2020, principal evento do ramo da moda íntima de Minas Gerais e um dos mais importantes do país, está inovando ao anunciar sua 23ª edição 100% online, entre os dias 1 e 5 de junho. Para mais informações, acesse: www.felinjuonline.com.br.

Por conta da pandemia, o evento, que teve ser adiado anteriormente, agora, aposta, de forma inédita, no universo tecnológico e traz como tema “Os bons negócios estão conectados”. Essa edição contará com desfiles, palestras e cursos virtuais, com conteúdo disponível 24 horas por dia, que poderão ser acompanhados por lojistas, revendedores, compradores, consumidores finais, além de toda a cadeia produtiva no Brasil e no mundo.

Dezenas de empresas de Juruaia estarão com seus estandes virtuais na plataforma, apresentando suas coleções exclusivas Outono/Inverno. Haverá a integração com o e-commerce de cada expositor, onde será possível comprar os produtos expostos.

“Juruaia está bastante presente no e-commerce. É uma cidade conectada. Nosso objetivo com essa edição online é usufruir dessa estrutura e proporcionar a melhor experiência com ferramentas que agreguem valor aos negócios dos compradores e vendedores, aproveitando as milhares de novas possibilidades oferecidas pela Internet. Temos expectativas muito positivas e esperamos atrair milhares de visitantes e compradores virtuais, tornando esse evento um marco na Capital da Lingerie”, declara José Antônio da Silva, presidente da ACIJU – Associação Comercial e Industrial de Juruaia. A Felinju é realizada pela ACIJU, com o apoio dos grupos de negócios, entidades representativas e do poder público municipal.

Outro objetivo da organização é aumentar o alcance da Felinju, possibilitando a participação de visitantes de diferentes localidades, inclusive daqueles que não tiveram ainda a possibilidade de visitar presencialmente a feira.

Para se ter uma ideia da importância do evento no universo do empreendedorismo, Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e uma das principais empresárias do mundo do varejo, já confirmou que será a embaixadora da 23ª Felinju.

 

Sobre Juruaia – A capital da lingerie

A cidade de Juruaia, no Sudoeste de Minas Gerais, é considerada a capital da lingerie. A história inicia-se nas plantações de café, onde a maioria da população trabalhava nas lavouras. A economia foi crescendo e em meados de 1992, duas empresas deram início a produção de lingerie no município.

O incentivo ao empreendedorismo é uma das marcas da cidade, que tem 95% das confecções locais comandadas por mulheres. Essas empresas têm acompanhado as tendências nacionais, oferecendo bom preço, qualidade e design como diferencial. Assim, Juruaia se tornou uma das mais importantes fabricantes do país.

Segundo dados da ACIJU, ao todo, são mais de 200 confecções instaladas em Juruaia, que geram cerca de cinco mil empregos e vendem mais de 1,5 milhão de peças por mês. Anualmente, são produzidas aproximadamente vinte milhões de peças. Juruaia encontrou sua vocação, consolidando-se como a Capital da Lingerie.

 

Serviço:

23ª Felinju – Maior feira online de lingerie, cuecas, pijamas e moda praia e fitness do Brasil

Data: 1 a 5 de junho de 2020

Desfiles: Todos os dias

Participação do público: Gratuita. Necessita de credenciamento no site

Contato: (35) 3553-1327

Site: www.felinjuonline.com.br

Facebook: www.facebook.com/felinju

Instagram: www.instagram.com/felinju

 

Assessoria de Imprensa Felinju 2020

Marcela Parra

(19) 97146-1613